Cód. 114 - Antonio Poteiro-Gravura -Ciranda no Céu
ANTONIO POTEIRO (1925 - 2010), é um dos maiores nomes da arte brasileira contemporânea; grande primitivista, considerado um gênio pelos mais importantes críticos de artes do nosso país. Com vasta biografia artística e com fâs por todo o mundo, Poteiro dispensa maiores comentários.
GRAVURA - O QUE É? Gravura é a arte resultante de um processo de impressão artesanal, de tiragem em número limitado e assinada pelo autor. Há vários tipos de impressão e diferentes matrizes. Para fazer a matriz o artista trabalha sobre uma superfície de madeira, pedra ou metal, que recebe as tintas e faz as impressões. Completada a tiragem, a matriz não será posteriormente reutilizada. E cada gravura receberá uma marcação geralmente a lápis com o número da cópia e o do total de impressões. Por exemplo: 5/100 é quinta cópia de 100 impressões feitas. A gravura seria, então um múltiplo da obra original, não podendo assim, ser confundida com um simples pôster, cuja impressão é meramente gráfica e de tiragem ilimitada. Daí, a diferença fundamental entre a gravura efetivamente reconhecida e autenticada pelo próprio artista, de um simples pôster. TIPOS DE GRAVURAS - TÉCNICA Serigrafia: a matriz é feita em uma tela especial, que é esticada em um bastidor. Sobre a tela são colocadas máscaras com cada cor da obra. As mascaras recebem a tinta, que é espalhada por um rodo, para fixar a imagem no papel. Xilogravura: a matriz é uma superfície de madeira, com a obra esculpida pelo artista. Sobre o relevo, aplica-se uma tinta especial, que passa pela pressa com o papel. Litogravura: a matriz dessa técnica é uma pedra calcária tratada com solução ácida para desengordurá-la. A imagem é gravada com lápis ou tinta gordurosa. A repulsa entre a tinta e a gordura caracteriza a impressão. Metal: desenha-se sobre uma chapa de metal envernizada com uma ponta seca (pincel sem tinta). Então, leva-se a peça para um banho de ácido e aplica-se uma camada de tinta que irá fixar-se apenas onde foi feito o desenho. Gravuras e suas convenções: 1) Uma edição de gravuras originais compreende: 1.1) Provas numeradas com indicação do total (ex: 1/100 a 100/100); 1.2) P.A. (prova de artista); 1.3) P.E. e P.Cor (provas de estado e de cor): determinam um estágio anterior à edição; 1.4) P.I. (prova do impressor): pertence ao impressor; 1.5) B.P.I. (boa para imprimir): a editora tem esse exemplar arquivado, para efeito de autenticidade; 1.6) PAP e P.Exp. (provas de apresentação e exposição): provas utilizadas para lançamento de uma edição; 1.7) H.C. (hors du comerce): os exemplares com essa indicação são excluídos da comercialização regular. Observações: A) as provas extra-edição não ultrapassam 20% das numeradas e têm o mesmo valor de mercado; B) a assinatura na matriz não exclui a assinatura na margem do papel da gravura, que endossa a Edição; C) As variações de cor de uma imagem devem levar indicação de que são variações; 2) Modalidades de impressão de gravuras: 2.1) Planográfica: litografia (pedra) 2.2) Relevo: xilogravura de fio e de topo (madeira) 2.3) Intaglio: gravura em metal água forte, buril e as demais modalidades; 2.4) Estêncil: serigrafia (silk-screen); 2.5) Digital: giclée print ou digigrafia (arquivo digital impresso em sistema ink jet ou laser jet). 3) Tipos de gravuras: 3.1) De matriz original: onde o próprio artista produz a matriz, utilizando sua linguagem, sendo esta a origem da imagem. 3.2) De reprodução: onde um original do artista, produzido em outra técnica, é copiado para a matriz (fotomecanicamente ou por artesão preparador). O uso da expressão "multiplicação de originais" tem a intenção de caracterizar a diferença entre a gravura de atuação direta do artista da gravura de reprodução. Em ambas, a atitude do artista é sempre criativa. O artista tem participação integral até a aprovação da prova que se define como boa para o início da impressão da série ou exemplares. |